terça-feira, 8 de setembro de 2009

O Primeiro Ato.



Quero escrever sobre nós
Sobre o que acontece naquela hora
Quando a vontade nos devora
E o tempo como que por encanto
Evapora
Quero falar do desatino
Da nossa pequena loucura
Aquela aflição
Vontade louca
Fissura
Paixão!
E o que falar do beijo?
Do sorriso malicioso do desejo?
Do teu olhar delicioso
Me chamando pra dançar?
Ah nessa hora...
O verbo pede a forma
Dançamos fogo noite a fora
Disputamos língua, suor, o ar
Atados
Entrelaçados
A sós
Sem pressa de terminar
Quero escrever assim
Com sujeito e predicado
Com tempero, com cor de pecado
Quero escrever pra mim
E nas curvas do teu fim
Ser o começo de tudo
O primeiro ato
Do melhor amor do mundo

Quem Dera.


Quem dera ser teu céu
Ser tua lua
Uma constelação de estrelas
Ser a tua rua

Quem dera ser teu sono
Teu café da manhã
Um chocolate quente
Um pedacinho de bolo
Até uma maçã!

Ah quem dera
Saciar tua fome
Matar tua sede
Ser as letras do teu nome
Tua rede

Quem dera ser teu ombro, teu colo
A tua frase preferida
Quem sabe a canção que te inspira
A paz que te conduz a vida

Poderia ser uma cena de cinema
Uma tarde em Ipanema!
Um jardim florido talvez
Poderia ser teu ouvido

Tua boca, teus olhos, coração
Ou todos juntos numa só vez
Poderia ser teu sonho
Ser tua exclamação

E naquele momento de raiva
Ser até teu palavrão!
Sério! Porque não?

Poderia ser uma receita completa
Num longa-metragem
O seu principal ator

E se você quisesse
Poderia simplesmente
Me chamar: Amor