segunda-feira, 18 de julho de 2011

Enfim.


Finalmente!
Sinceramente, achei que ia ficar te esperando por décadas
Achei até que o nosso encontro ia ser lá bem velhinhos
Bebendo vinho ou uma xícara de chá
Escutando alguma coisa meio anos 90
Com certa melancolia
E rindo de coisas que ainda nos fizessem sentido.
Mas veja só
Você chegou agora.
Então que seja assim.
Quem sabe o amor enfim vigora?
Se você acordar a tempo e os nossos cruzarem agora
Nosso brinde será presente
De tantos outros rumo a fora.

By Alexandre Leeh

Básico.


Adoro ver você dormir
Gosto da tua aceleração
Das tuas frases indignadas
Dos versos sem respiração

Adoro ver você sorrir
E esse olhar de exclamação
Quando reclama por quase nada
Ou quando chora por atenção

E eu não sei se você percebeu
E eu acho isso tudo engraçado
Dizem que o amor ataca a gente assim
E a gente acha que está tudo errado

Quem sabe o que o mundo vai dizer?
Quem sabe a gente vire uma canção?
Você pode até desafinar
Que eu te acompanho com o violão

Um, dois, três, quatro, cinco, seis
Agora a gente inventa um refrão
Você ri do verso que eu tentei
Do nosso amor às vezes sem noção

Eu tento sete, oito, nove, dez
Quem sabe um outro truque pra acabar
Você diz "te amo pra sempre"
E eu acho perfeito para terminar.

Letra & Música: Alexandre Leeh

Somos.


Existe dentro do meu silêncio
Uma vontade quase insuportável
De dizer que te encontrei afinal
Mas você não me reconheceu.
E eu tenho tanta certeza
Que isso me estremece
me tira o chão e o foco
Me põe em pleno desespero mental
Mas você não me reconheceu.
Eu vi algo que não via
Senti algo que não sentia
Percebi nos teus traços e nos teus gestos
Fórmulas exatas que eu sempre mantive em segredo.
Mas você não me reconheceu.
Da tua dor eu conheço.
Reconheço até mesmo tuas palavras
Teus sentimentos ainda tão recentes
Tão latentes, tão marcados na pele
Eu consigo te ler além das linhas, dos verbos e palavras mordazes.
Eu consigo te ver.
Mas você ainda não me reconheceu.

By Alexandre Leeh.

domingo, 17 de julho de 2011

Nada e Tudo.


Minha intensidade sempre foi unilateral
Do tipo: "Se entregue e se ferre"
Escrevi histórias, versos, canções.
Tudo muito bonito, lindo e maravilhoso.
Mas jamais foi recíproco.
Jamais senti a entrega do outro lado do olhar.
Nunca senti o arrepio da palavra ou o desabafo do sentimento.
Enfim, a intensidade do querer.
Talvez dois mundos tão parecidos
Virasse um terremoto de imprevisíveis proporções.
Então fica esse equilíbrio entre a calma e a tempestade
A entrega total e a cautela
A exaltação e o comedimento
O amor que devora e o que alimenta
A paz e a guerra.
Prefiro os dois morrendo em batalha.
E acho essa coisa de equilibrio uma merda.

By Alexandre Leeh

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Estranhos.


As vezes o tempo insiste em me prender
Em olhos tão estranhos e abraços que eu não quis
Um filme com roteiro um tanto demodê
Onde você não vem
E eu acho tão clichê

Vai ver te busco em desespero
Em outros traços, rastros, rostos
E no gosto alheio habita o meu passado
E assim eu vou levando
E eu acho tão clichê

Eu não permito que você perturbe
A minha paz e faça temporal
Não pense que é tão fácil admitir
Que o bem que você me fez
Me faz tão mal.

Letra & Música by Leeh