quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Solidão a Dois.


Você vem me dizer
Que está tudo bem
Que a tempestade passou
O sol voltou a brilhar
Mas não!
Não é bem assim
Eu falo por mim
Que vejo nuvens no céu

Estou no inverno
E você fala em verão
Você finge não ver
A nossa solidão

Tento pensar
Que tudo está bem melhor
E acabo por piorar
O que eu já sei... de cor
Letra e Música: Leeh

Nosso Vale de Lágrimas.


Eu vou pegar meus livros, meus discos
E buscar outro lugar
Talvez aquela paz que eu não tinha
Um sopro que me leve a caminhar

Ou então lembrar
Do maior amor do mundo
Nosso barco a navegar
Jeito de amor profundo

É, quem sabe o tempo que tudo cura
Nos liberte assim dessa loucura
Que um dia confundimos com “amar”
Ilusões em alto mar...

Castelos de areia
Prestes a desmoronar
Nosso amor que incendeia
Um riso intenso no ar
Amor de lua cheia
Um brilho a iluminar
Nosso vale de lágrimas

Ah! Quantas promessas em vão
Marcadas por doses amargas de solidão
Mas antes que o dia termine
Vou deixar que meu verso rime
No acorde dessa canção
Letra e Música: Leeh

Quando Palavras Não Bastam.


Quando as palavras já não bastam
Nós decidimos nos calar.
E o que é dito em nosso silêncio,
Basta um toque pra se decifrar...

Eu conheço cada detalhe seu,
cada frase que costuma usar,
As manias , cada anseio seu..
Tudo que sentes vejo em seu olhar

Não vou mentir
No universo dos meus sonhos você apareceu

Não vou mentir
No silêncio das palavras eu me sinto seu
Letra: Guga Bianchini & Leeh
Música: Leeh

Sublimação.


Não me leve a sério!
Que loucura é essa?
Como acreditar em amores por correspondência?
Em abraços telepáticos ou beijos via satélite?
O amor não pode ser isso!
O amor é intenso... toque, contato
É olhar, respiração, bocas, silêncio..
Mãos atadas, beijo roubado, uma risada
Não! O amor não é teoria!
Não é fórmula matemática!
Nem mesmo coerente
Ele nos arrebata, nos envolve
De forma traiçoeira muda nossas vidas
Nos faz perder o sono, rir sozinhos
Nos faz querer mais...
O amor é uma droga!
Não daquelas que mata
Mas das que nos faz viver
Quem disse que precisa ter lógica?
Quem disse que precisa ser convencional?
Eu não quero ser platônico
Eu quero ser intenso!
Real, verdadeiro, único
Quero dormir acordado e acordar sonhando
Rosto, boca, sorriso, pernas, coxas, corpo..
Um oceano de você!
Quero a simplicidade da palavra,o sabor do beijo
Amor que não se abstrai
Que não se corrompe
Que acredita
Que preenche
Que vence
Que é sublime
Sublime amor!

Paixão Voraz.


Que paz me traz
Uns versos a mais
Pra falar de você

Que coisa que há
Que nunca me canso
Em te descrever?

Tortura voraz
Versos demais
E nunca te ter

Um quase fatal
Verbo final
Na angustia de ser

Teu caso ideal
Loucura total
Teu amanhecer

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Um Tantinho de Prosa.


"Cada canção é um pouco da minha história, é um pouco daquilo que vivi, senti, sofri, que amei, desejei...." Leeh

Ao realizar esta entrevista, me deparei com um homem, de sentimentos, emoções e música à flor da pele.Escutando Clara Nunes na casa de sua tia ou escutando os discos dos Beatles de seu pai. Leeh teve o seu primeiro contato com a música.

Aos 16 anos começou a tocar violão incentivado pelo músico e compositor Leandro Berlesi, tocava as mesmas canções dos Beatles que escutava quando criança e de bandas que estouraram nos anos 80.

Daí para a montagem de sua primeira banda foi um pulo e aos 17 anos, junto com seu primo e letrista Marcelo Dsan, monta a primeira banda.Guarda boas lembranças da banda: "Código Vermelho, tinha canções belíssimas".No inicio não dava muita importância a composições, gostava mesmo era de fazer som.

Na realidade a necessidade de compor, de se expressar, de dizer o que pensa, o que sente, veio antes da música, pois sempre escreveu contos, textos e poemas.Houve um período que ele se afastou da música, ficou afastado 5 anos da sua paixão, mas foi um período muito importante, porque ele viveu as experiências mais significativas da sua vida, e isso acabou culminando nas canções que toca hoje.

Em meados dos anos 2000, voltou e decidiu que era de música que queria viver, que era pra música que ele havia nascido.As suas composições falam de relacionamentos: "na realidade cada canção é um pouco da minha história, um pouco daquilo que vivi, que sofri, que desejei e que amei".

Leeh, já foi vocalista e compositor de varias bandas do cenário gaúcho.Seu som tem influência de blues, soul, black music e artistas como Ben Harper, John Mayer, Paul McCartney, Lenine, Herbert Vianna, entre outros.

"Eu vejo a musica como uma forma de expressão, uma opção de vida, algo que pra mim é essencial, não consigo me imaginar sem compor, sem tocar...."

Depois desta entrevista, cheguei a conclusão que a sua própria vida é cheia de inspirações.E que devemos dar graças a Deus, por ter nos mandando esse músico, autêntico, com brilho, que ilumina a todos com a sua música.

Lara Lopes Dias

Versos Encantados.


Quem sou eu?
Mero espectador
De tua beleza poética?

Mero leitor
De teus versos encantados?

Ou será meu espaço teu tempo?
Ou será meu amor teu alimento?

Às vezes me encontro em tuas curvas
Tuas palavras ou mesmo em teu peito

Às vezes doce engano
Pois estou tão longe
Que me foge o jeito

Quase um despeito
Comigo mesmo
De amar sujeito
Sonhar teu leito

Um nó atado
Mas sem você do lado

O Dom de ser Poeta.


o dom de ser poeta

e ser o que se quer

vem da natureza do carinho

do brilho de quem tu és

meu intenso devaneio

de manhãs doces de poesia

a madrugadas que passeio

verso minha fantasia

mas já escolhi minha morada

meu recanto em prosa e verso

são teus olhos, minha amada

onde vejo e me revelo

em meio a acordes e compassos

de noites frias de inverno

amo-te em sustenido minha clave de sol

és melodia do que há mais belo

Preguiça e Poesia.


Sou o preguiçoso da poesia
Aquele que não escreve de dia
Que não escreve e sim fantasia
Sou o que anda em contramão
Catando versos no chão
Sou um farrapo desnudo
Em rimas sem pátria
Em desuso
Um bastardo de Quintana
Um afilhado de Neruda
Mas quanta audácia!!
Sou um simples amante
Da margarida distante
De versos tão marcantes
Uma Florbela de olhos castanhos
Dona deste humilde coração estranho.

Menina Poeta.




Menina dos versos
Da rima e do inverno
Menina febre
Minha sede te pede
Menina poeta
Dos cata-ventos de Quintana
Da intensidade de Florbela
Menina flor
Pintura, aquarela.
Menina de dia
Da tarde prosada
Da noite melodia
Paixão madrugada
Menina leonina
Pequena faísca
Que incendeia o mundo
Que é minha morada

Madrugada em Você.


Na noite, pecados, clima voraz
Percorro teu centro, desvendo sinais
De olhos fechados, segredos mortais
Que a boca revela quando quer mais

Nas mãos que se cruzam, quadril a quadril
Num jogo marcado, acendendo um pavio
A febre nos lábios, um breve arrepio
Te procuro, te invado, loucuras no cio

No ar que te falta, no meu balançar
Dois corpos na cama, gritos, gemidos no ar
De repente tão molhada que me sinto embriagar
Mato a sede nos teus seios, gozo intenso a mergulhar

E no descanso dos guerreiros
Rios amantes a jorrar
Nas marcas de um amor terreno
O gozo d’alma como par

In Versos.


Quem sou eu se não em meus versos?
Quem sou eu se não em minha solidão vazia de cada noite?
De olhar para o lado sem saber se você chega
De acreditar que desta vez será diferente
Dei mil razões pro meu espelho
Já até pedi conselhos
P’ra curar os meus anseios
De repousar a face no teu seio
Onde eu volte a respirar
Já me peguei contando estrelas feito menino
Entregando a Deus o meu destino
Mas talvez não possa mais suportar
Pois tua ausência é o que me dói
Velar teu sono sem estar junto
Pois por você daria o mundo
Te amaria sempre um pouco mais
Mas a verdade em minha face
Me diz que está ficando tarde
Que apenas em sonho vou te ter
Já não sei no que acredito
Amor danado, me tomou de assalto feito um bandido
Me deixa agora tentar te esquecer

Doses de Poesia.

PRIMAVERA DE VERSOS

Vontade que me invade
A cada dia, cada noite
De rasgar o teu céu
Cruzar teu infinito
Oceano de paixões,
Tua brisa leve de primavera
Que ilumina
Minha tarde-noite de canções...


ESPERA

Vai inverno..
E traz logo
Minha primavera
De prosa e versos
De brilho e lua
Madrugada ardente
A suspirar das rua
E no riso quente
Do semblante da musa
Colorir pra sempre
O que minha alma procura


EU VERSOS VOCÊ

Ás vezes acordo sustentado
Em acordes dissonantes,
Verbos transitivos,
Preso em rimas fáceis
E gestos céticos.
Às vezes quero canção,
Às vezes só poesia.
Tem dias que eu quero você
Em outros só fantasia.

Brincando com Palavras.


Eu sou uma criança brincando com palavras
Nas minhas linhas tortas de emoções levadas
Sopa de letrinhas em versos carregados
Fortes doses de amor em poesia inflamada

Sou o canto norte no inverno sul
Meu mar devaneio, meu céu azul
Que busca nos versos dela, amor febril
Madrugadas letras do meu navio

Eu sou o que espera
Saudade da primavera
Que me traga os versos dela
Poetisa menina, minha estrela
Aquela cujo o sono eu velo
Que suspiro encanto na janela
A guardar laços de amor eterno
Razão de noites de dormir acordado
Acordar dias de dormir ao lado