terça-feira, 13 de novembro de 2007

Lanças.


Lança teus olhos sobre os meus
Como pequenas fagulhas
A atiçarem meu sossego
Tuas curvas me deixando em desalinho
E como lança, me derrubas
Me castiga em tua ausência
E vivo essa penitência
A cobrar-me os dias e horas
Longe do teu cheiro
Procurando o paradeiro
De tuas palavras perfeitas
Eu tão sujeito
De tuas lanças
Que me invadem o peito

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

A Perder de Vista.





Estou perdendo o jeito
Mas o amor está cada vez mais presente
Meu poema já não é perfeito
Porque você está ausente
As palavras entraram em greve
Elas precisam de ritmo
Talvez de uma brisa leve
Que traga teu cheiro
O aroma que as alimenta
Ficou tudo meio incolor
Meio sem sabor
Falta tempero
Falta o riso cheio
Pra espantar a dor
Estou perdendo o tempo
As horas não são minhas
Tratam-me com despeito
Levam embora minha alegria
Fico meio sujeito
A vagar buscando pistas
Procurando o paradeiro
Querendo-te por inteiro
Pra te amar a perder de vista

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Meus Poemas Não Existem.


O que me toca não é o que diz
Nem o que pensa
É o que vive
É o que sente
É como enxerga o mundo
Essa gente
É como me ensina
Por tuas mãos
E teus gestos
Que as batalhas precisam ser vividas
Enfrentadas
Até o último minuto
Deve ser mandinga...
Não sei o que acontece
Mas tua alma me aquece
Teu riso me acalma
Tua euforia me excita
Teu sono me alegra
É terno
Gosto de ouvir tua respiração
De me sentir mais seu
É como tocar sem estar ao lado
Sentir mesmo afastado
É amor de alma
Existe amor maior que este?
Isso era pra ser um poema
Talvez tenha desaprendido
Meus poemas não existem
São formas que encontrei pra dizer
Que te amo!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Eu Amo Você.


Como posso dizer que te amo
Sem parecer um engano?
Como posso estar contigo
Sem ouvir carinhos
Sem o teu sorriso?
Não quero aplacar a dor que sinto
Ela me faz ver o que antes não via
Faz-me crer que te quero mais um dia
Mais uma vida
Mas não vá antes de ouvir teu suspiro
Teu sono enternecido
Preciso dele
É como cantiga aos ouvidos
É minha oração celestial
Pois quando fito o céu
E estou perto de Deus
É em ti que penso
Minha flor especial
Não quero lamentos
Nem arrependimentos
Sou o que tenho por dentro
Mas de mim podes saber
Nem anjos ou arcanjos
Conseguiriam descrever
Este amor que insisto em sentir
Não tente
Não vou desistir
Eu amo você
Como um simples sorrir

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Soneto.


Teus olhos castanhos me seduzem
Tua voz corta o ar, alivia a alma
E inebriado de teus versos que conduzem
Meu instante temporal que se acalma

Ao versar-te eu paro o tempo
Ao olhar-te descubro o infinito
És o melhor do meu momento
És terra, fogo, meu abrigo.

E no clarão que se faz dentro
A sufocar tristezas infinitas
És meu anjo iluminado

De doces sonhos de criança
És tu mulher bendita
Que sonhei ter do meu lado

domingo, 4 de novembro de 2007

Silêncio.



Silêncio
Cores desfocadas
De repente um suspiro
A palavra cortada
No meio do nada
Apenas olhares
Paisagem marcada
O primeiro final
De um belo começo
Distantes sinais
Da perda do apreço
Silêncio
Aqui jaz amor
Aqui traz solidão
Mal que anuncia
Certa dor tardia
Agora escuridão.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Mais Uma Poesia de Amor.


Mais uma poesia de amor
Será que nunca me canso?
Ou será que são os olhos dela
Razão de tamanho encanto?
Hoje ela está cansada
Quer meu colo, quer carinho.
Então a poesia vai ser breve
Não vou deixar meu amor sozinho
Sexta feira iluminada
Verso ela e sua beleza
Minha violeta amada
Da poesia aflorada
Minha razão e minha certeza.

Encontro Gramatical.


O ritmo conduz
Os versos embalam na pista
Palavras observam num canto
As rimas demonstram preguiça
Os verbos paqueram sujeitos
Adjetivos quase perfeitos
Buscando o enlace final
Poesia que se anuncia
Agora quase ao raiar do dia
Num belo encontro gramatical

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Onde Estão Meus Versos?


Onde estão meus versos?
Viram eles passarem aqui?
Juro que me distraí por minutos
E agora os perdi!
Culpa daquela musa
De olhos castanhos
Que passou agora a pouco
Mexendo quadris
E agora?
Como faço poesia
Sem as palavras teimam fugir?
Talvez eu suba lá no morro
Vai ver meus versos foram pro samba
Também quem não amaria
Posar de bamba
Ao lado de tão bela poesia?