quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ausência.


Sinto vontade da solidão...
Ela é minha companhia.
Tão fugaz e definitiva.
Invade minhas veias, desacelera os neurônios, seca minha saliva
Solidão! Querida – maldita, dissipa minha calma.
Tal qual fumaça de cigarro no ar.
Bebida encravada na alma.

Solidão-abrigo.
Talvez me salve do perigo fora de mim escondido.
Oculta, solidão-sombria!
Prevê meus movimentos...
... realinha meus tormentos
Prende, solta, pari e mata!
Faminta solidão, sufoca minha cria, devora minha melodia.

Solidão-desespero, desapego que procria dia-a-dia.
Solidão-espelho-das-minhas-fraquezas...
Me desnuda explorando meus defeitos, me mostrando:
- Imperfeito!

Ah, atrevida-solidão, que despeito!
Eu sujeito de suas manias...
Desafeto da sua ironia a me vigiar os passos, criar espaços entre a noite e o dia.
Solidão que me afasta de quem eu mais queria.

Solidão-cega, perversa, dissimulada!
Solidão tangente que inverte os extremos inocentes
A mesma solidão em você presente
Hora semelhante e hora tão diferente!
Feito café frio, calor interno, um belo inferno, solidão da gente!
Eu sou prosa, você uma melodia desafinada.
Eu quero rua, você me prende em casa.

By Ingrid Regina & Alexandre Leeh.

Um comentário:

Ingrid Regina disse...

óia a dona Regina ai genteeeee!