quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Tédio.


Um tédio me devora
Um tal esperar hora, pausa e volta.
Até perdi a linha
Não!
Perdi o verso por inteiro
Agora fico até janeiro
Procurando minhas rimas perdidas
Coitadas, tão novinhas e abandonadas.
Burocracia que me mata!
Prefiro a arte
Tão desregrada
Sem essa palidez dos escritórios
Sem a poeira criada, cultivada
Em mentes vazias
Interessadas no tic tac do relógio
Esperando o tilintar para pular fora
Sem demora
Ah rimas perdidas
Que faço agora que já vou embora
E este tédio ainda vigora?
Já sei!
Improviso um verso
E o despisto lá fora.

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